Fazendo um curso de Psicologia Social, entrei em contato com uma linha de trabalho, baseada na antroposofia, que entendia que as relações estavam alicerçadas em três pilares, dando sentido à vida, contidos no próprio nome SER. O Ser Humano está contido em seu próprio nome, assim me dizia uma professora. “Somos um conjunto harmonioso de relações Sociais, Emocionais e Racionais. Seremos plenos e felizes quando isto tudo estiver em sintonia fina e latente”. Aos poucos, fui entendendo que a dimensão Espiritual também estava contida no SER, sem que esta ocupasse qualquer dimensão religiosa, mas sim, como um sentido maior de busca por relações saudáveis, verdadeiras, sinceras e honestas. Um caminho para a nossa evolução enquanto seres humanos.
Em minha trajetória profissional transitei em grandes empresas, como AGF Brasil Seguros, L´Óreal, Unilever e Hospital Albert Einstein, neste último na coordenação de um grande projeto social, em Paraisópolis. Sempre em busca destas relações harmoniosas e que pudessem deixar um legado para as gerações vindouras.
Também tive o privilégio de trabalhar numa ONG Internacional de Combate ao Câncer de Mama, quando comecei a dar forma e método a esta filosofia.
Ainda em busca de onde este SER finalmente iria encontrar seu porto seguro, redescobri a Pedagogia e fiz nela um mergulho intenso e profundo, quando, então, a filosofia tomou forma, corpo, raízes e inquietas asas.
Num dia, ouvindo a Monja Cohen falar em uma palestra para muitas pessoas, ela disse, com aquele olhar cheio de sabedoria, doçura e firmeza: a vida é uma enorme teia, em que tecemos nossas relações: somos, todos, ligados por um fio tênue, que une e aproxima a todos. Quanto mais nos tornamos hábeis em tecer esta teia, mais intensos e profundos nos tornamos: intertecemos esta teia. Como uma pena suave e delicada, pousou em meu colo, naquele momento, a Interser.
Adriana Bacci | Fundadora da InterSERh